Por
determinação do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) as Séries C e D
do Campeonato Brasileiro estão suspensas. As duas competições iniciariam neste
final de semana e agora aguardam soluções entre as disputas judiciais que, por
enquanto, envolvem cinco clubes.
Araguaína
(TO), Brasil de Pelotas (RS), Rio Branco (AC), Santo André (SP) e Treze (PB) esgotaram
os recursos da Justiça Desportiva e foram buscar suas vagas através da Justiça
Comum. Apesar deste recurso ser legal no Brasil, há uma resolução da Fifa que
proíbe clubes a ela afiliados de tomarem esta atitude.
Em
meio à uma briga de diferentes decisões em diversas instâncias da Justiça,
Rubens Approbato, Presidente do STJD, tomou a decisão de suspender o início das
duas competições.
Entenda o caso
O
Brasil de Pelotas foi rebaixado da terceira para a quarta divisão nacional ao
ser punido com seis pontos por escalar um jogador irregular em uma partida
contra o Santo André em 2011.
O
clube, com suas justificativas, recorreu na Justiça Desportiva, mas não levou.
Inconformados, os dirigentes do clube levaram o caso à Justiça Comum gaúcha,
onde ganharam a vaga na Série C. A CBF acatou a decisão e o Brasil entrou na
competição no lugar do Santo André, que seria automaticamente rebaixado.
Como
as disputas judicias continuam, a direção do time paulista pediu ao STJD a
suspensão do início das duas divisões enquanto e através de liminar, Approbato
determinou que a CBF não inicie as disputas dos torneios enquanto clubes
estiverem brigando na justiça por vagas.
Treze
e Rio Branco também estão brigando por uma mesma vaga. O caso é complicado,
porque a Justiça Comum paraibana determinou que a vaga é do time de João
Pessoa, enquanto no Acre, a decisão é favorável ao time da Capital acreana.
Fifa notificada
Approbato
informou a Fifa sobre o caso, para que a entidade máxima do futebol mundial
possa se pronunciar. A decisão pode acarretar em problemas graves para o
futebol brasileiro, como o desfiliamento da CBF na Fifa.
Esta
possibilidade deixa a CBF preocupada, tendo em vista que ela tem permitido que
clubes filiados entrem na Justiça Comum para resolver seus litígios, o que é
proibido pela federação internacional.
Possíveis saídas
O
Presidente do STJD vê como principal saída do caso um acordo entre os clubes.
Ele alega que a Justiça possui diversas formas de recursos, por isso a briga
poderia se estender por muito tempo. “Um acordo envolvendo todas as partes
resolveria isto”, disse Rubens Approbato.
Segundo
ele, caso não aconteçam os acordos, fica aberto um precedente para que ainda
mais clubes entrem na Justiça por casos semelhantes, o que pode impedir que o
campeonato ocorra em 2012.
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